segunda-feira, 23 de março de 2015

“Os empresários do PSD andam nervosos”

JPP defende regime de exclusividade para os deputados, mas a proposta não agrada a todos. 

O Movimento Juntos Pelo Povo irá bater-se pela separação entre a política e os negócios, uma situação que à escala regional constitui um autêntica vergonha para a democracia em geral. O regime geral de incompatibilidades e impedimentos dos deputados sempre foi, na Região Autónoma da Madeira, um empecilho aos negócios, sobretudo dos empresários da maioria.

Durante a iniciativa de campanha porta-a-porta que decorreu hoje, em São Martinho, Élvio Sousa aproveitou para referir-se ao assunto, apresentando o exemplo do “negócio falhado” do empresário do PSD, Ricardo Nóbrega, que queria alugar a Quinta da Escuna (comprada à Fundação Social Democrata por 1, 25 milhões), à câmara de Santa Cruz por uma quantia milionária de 37 milhões. Negócio este que foi revogado pelos tribunais, por ter sido considerado lesivo para as finanças públicas.

“O curioso nesta história reside nos testas de ferro, por detrás deste senhor empresário do PSD. Ricardo Nóbrega, está a dever mais de 650 euros de custas judiciais aos atuais autarcas do JPP [Élvio Sousa, Paulo Alves e Filipe Sousa], por sentença do Tribunal de Santa Cruz. Alega não ter pago por estar a passar dificuldades financeiras, mas surge agora, em período eleitoral, com anúncios caros, de página inteira todos os dias”, explicou Élvio Sousa. E acrescentou: “Há muitos nervos no ar e o JPP sabe que alguém se esconde atrás desse senhor”.

O cabeça de lista do JPP, refere também outros nomes conhecidos do PSD, tais como os empresários Jaime Ramos e Martinho Gouveia, “que passam a vida a meter penhoras na Câmara de Santa Cruz, tendo por objetivo prejudicar o desenvolvimento do Concelho e a gestão municipal”.

Élvio Sousa termina o discurso, deixando a questão no ar: “parece-nos claro que o PSD de Miguel Albuquerque está a dar cobertura a este comportamento de conivência entre politica e negócios ou que, pelo menos, fica a assobiar para o lado, fazendo de conta que o seu novo partido nada tem a ver com isto”.

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